As crianças da Oficina Portinari aprendem que a ARTE, SAÚDE, CIÊNCIA E EDUCAÇÃO caminham juntinhas!
HIGIENE DAS MÃOS E A PREVENÇÃO DA COVID 19
Foi uma das atividades do nosso Curso de Desenho e Artesanato – Oficina Portinari. Nesta atividade do passo a passo da Higiene das mãos, usamos tinta guache para literalmente “sujar as mãos”
Sim… Imagina o desespero das mães rsrs.
Calma…
As crianças usaram suas lindas mãozinhas como um lindo carimbo e pintaram toda a mão com a sua cor preferida. Pintaram de rosa, vermelho, laranja e tantas outras.
E logo deixaram suas marcas num lindo caderno.
Mas, e aí?
Suas mãos ficaram sujas? Não!
O passo a passo de limpar as mãos foi a grande lição e a segunda tarefa foi ir a pia de casa e lavar as suas mãos seguindo :
1* Passo: Água e sabão
2* Passo: Esfregar e fazer espuma
3* Passo: Esfregar os dedos
4* Passo: Lembre se das unhas
5* Passo: Enxaguar e secar as mãos .
Que alegria, as mãos ficaram limpinhas.
Estes são os passos para as mãos ficarem Limpas, o que é super importante para a prevenção da Covid 19!
A ARTE, SAÚDE, CIÊNCIA E EDUCAÇÃO caminham juntas.
Lavem bem as mãos e Usem máscaras.
Beijos das crianças
Essa atividade possibilita que a criança desenvolva o hábito de higiene corporal, que são necessárias para manter a Saúde e o bem estar físico.
Que responsabilidade nestes dias pandêmicos celebrar e referendar a vida.
Que importante!
Sim. Celebrar e referendar, nestes dias de tantas incertezas, tristezas, adoecimentos e morte; é além de reinvenção um grande desafio à Resistência.
Trazer vida, sorrisos e força para vencer os obstáculos que se apresentam a todo tempo e em especial para moradores das favelas e periferias.
Nossa Luz, nos ilumina e encaminha para a busca de soluções aos problemas de modo inovador e comprometido com as vidas e as histórias.
Nossa Luza é a personificação da mulher guerreira, batalhadora e inspiradora. Com grandes braços que afaga à todos os que chegam e que ao receber acolhida retribui com um belo sorriso no olhar.
Nossa Luza representa as mulheres da favela, chefes dos seus lares, responsáveis pela educação de seus filhos e netos, mantenedora das necessidades básicas de qualquer família.
Nossa Luza representa aquela que sorrí, quando se quer chorar;
Que se angustia , mas se revigora quando está perto dos seus…
Nossa Luza toca pandeiro, canta, brinca, dança; para não se deixar levar pelas tristezas que a vida traz.
Nossa Luza chega no projeto Casa Viva trazendo seus netos para fazerem os cursos. Primeiro ela trouxe a sua neta mais velha, depois o neto menino, depois as netas gêmeas vinham acompanhando e foram ficando e agora o neto mais novo… Ela é assim mesmo, vai chegando e se alojando…
Mas, o Casa Viva é este lugar mesmo!
Lugar de chegada,
Lugar da gargalhada,
Lugar da alegria,
Lugar da acolhida!
Mas a nossa Luza não se contentou e veio fazer as aulas no projeto.
E a arte veio fazer parte dessa família que voltou a sorrir, projetar e viver.
Nos dias de tantas tensões, pandemia da Covid 19, desempregos, adoecimentos e angústias…
Contar com este lugar onde a Arte, a Educação e a Cultura são ferramentas de desenvolvimento, traz um alento ao coração e a alma.
A segurança alimentar também faz parte das ações do Casa Viva que em parceria com outras instituições amigas, procura propiciar condições de alimentos para os seus alunos inscritos.
Nestes dias de pandemia, os netos estão em sua casa. Os mais novos fazem as atividades on line que o projeto oferece, e segundo ela diz: “É o melhor momento do dia!” “rsrs” e deu uma bela gargalhada.
De fato, o Casa Viva é o lugar de escolha,
O lugar de refúgio,
O lugar das possibilidades!
E essa é a Nossa Reinvenção!
Aulas on line, reuniões on line, um envolvimento maior com os alunos e familiares, uma troca de saberes, sorrisos e bem querer.
Uma prática de superação e auto conhecimento, para perceber e reconhecer as nossas potencialidades.
Uma reafirmação do compromisso com a favela e as histórias das vidas que depositam em nós a máxima confiança.
O Dia da Consciencia Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em 2003, no mesmo ano de início do Espaço Casa Viva.
Lembro perfeitamente desde dia em 2003, quando fizemos a nossa primeira comemoração do Dia da Consciencia Negra na favela de Manguinhos.
A Redeccap já realizava festivais e comemoração na Semana Zumbi de Palmares que salientava as figuras negras da história de mostra cultural com a participação de todos os segmentos de arte, cultura e educação desenvolvido nos projetos.
De início alguns moradores achavam que era uma coisa muito feia: Uma coisa de preto! Mas quem resistia a deliciosa Feijoada! Feijoada da Dona Maria…. Feijoada da Valéria!…
Quem…?
No início só os potinhos apareciam rsrsrs, Depois as cabecinhas que ficavam nas janelas e lajes. Alguns sérios, sem esboçar um sorriso, mas os pés ficavam saltitantes dançando e os olhinhos radiantes ao ver tanta cultura, tanta produção, tanta criatividade vinda das crianças e jovens que ocupavam a rua com tantos risos…. E sobre tudo com a certeza que aqueles momentos eram a garantia de momentos de paz na favela.
Desde então, o Dia da conscieência negra é um dos dias mais aguardados na rua da redeccap. Dia de festa, Dia de solidariedade, Dia de rrocas, Dia de alegria.
Sabe porque?!
Porque neste dia a coroação de uma conquista da luta diária por: direitos, respeito e reconhecimentos.
Porque um grito de liberdade ecoa da alma para a vida com valores, afetos, amores, desejos de uma sociedade mais justa, equitativa e de oprtunidade para todos.
Porque como num grande quilombo, as canções são entoada como um canto de louvor, a dor no peito silencia, o sorriso estravaza e um lugar de refúgio e proteção se instala.
Porque homens valentes levantaram a bandeira e ainda hoje levantam a bandeira da resistência, da coragem de lutar contra uma cultura patriarcal, machista, racista e misógena. Homens que acreditam numa sociedade das potencialidades, do bem querer, do cuidado e do trato.
Porque mulheres, igual Teresa de Benguela, forjaram e forjam na luta vidas conscientes, protagonistas das suas histórias como as verdadeiras armas do conhecimento e saber. Mulheres negas e potentes como Edinalvas, Adelaides, Isabel’s, Zildas, Zélias e Elenices. Assim como: Patricias, Carol’s, Fabianas, denises, Cristianes, Ellens, Elaines e Bethes……
O quilombo é a nossa favela!
E nestes dia de pandemia, dias de uma escravidão contemporânea. Onde o desemprego, o pouco caso. O que para quem importa quem vai viver ou morrer! O “tiro na cabecinha” ecoa como lei e permisão para tirar a vida voce sabe de quem…
Com o distanciamento social, que para os decendentes dos negros escravos é determinado desde o seu nascimento…..
Vem a lembrança das….
Nossas festas que tem sabor, tem tempero, tem gosto, tem paixão… Tem sonho, tem alegrias, tem amizade, tem bem querer…
Tem Dia, por isso são todos os dias… Tem reflexão, por isso tem consciência…. Tem cor: “Tem sangue retinto pisado…”
Tem raça: Negra sim! Pretos e pardos na luta contra a desigualdade, racismo e discriminação. Sim! Pra não esquecer da chibata, da escravidão, do opressor, da dor, do sofrimento,….
E cantar:
Brasil, o teu nome é Dandara Tua cara é de cariri Não veio do céu Nem das mãos de Isabel A liberdade é um dragão no mar de Aracati Salve os caboclos de julho Quem foi de aço nos anos de chumbo Brasil, chegou a vez De ouvir as Marias, Mahins, Marielles, malês Brasil!
Dois jovens, filhos de negros e pobres; que viveram suas infâncias e adolescências na favela, que caminhavam nos becos e ruas empunhando seu instrumento musical como uma verdadeira arma: arma do saber, arma da possibilidade, arma da oportunidade, arma da referência e da superação!
Sim! Arma da referência e da superação!
Na sexta feira, dia 11 de setembro de 2020; os professores Cristine Ariel e Raminson dos Santos; se formaram em Licenciatura em Música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.
Que orgulho!
Orgulho sim! Porque a coragem de romper com os paradigmas que as crianças e adolescentes da favela, são fadados a serem marginais e bandidos; é um ato de resistência e coragem.
Esta violência simbólica: aniquila, segrega e é justificativa para as injustiças sociais.
Quando os negros e seus filhos enchiam as senzalas no período da escravidão, não era incômodo. Mas hoje, causa um grande incômodo ver os negros e seus filhos como atores de direitos e protagonistas das suas histórias.
Se preto ou Se pardo, a negritude deve ser assumida de modo a reverter todo o processo de discriminação e preconceitos.
Se não negro ou Se branco, as injustiças sociais devem ser combatidas porque a violência estrutural acomete à todos que tem um CEP que leva para uma área de risco, que não se tem acesso à serviços de qualidade e seus direitos são retirados.
Superar estas dificuldades é motivo de celebração!
Nestes dias de pandemia as dificuldades se aceleraram. Sim.
A busca pelo pão de cada dia, o cuidado para não adoecer, a perspectiva do futuro: O que vai ser? Como fazer? Quando será? Foram questões que colocaram em dúvida muitos processos da vida.
Mas nem a pandemia impediu que os sonhos se realizassem.
Cristine chega no projeto aos 8 anos de idade acompanhando a mãe e logo o seu coração se acendeu quando encontrou o violão.
Assim como o Raminson que numa apresentação da Escola de Música no teatro da Escola de Música da UFRJ se encantou ao ver um piano.
Encantamento é a palavra chave para a motivação e determinação.
Hoje, formados em licenciatura em Música pela UNIRIO; são exemplos Para as suas famílias, amigos e comunidade.
Na Pandemia e na janela da Conectividade:
A Favela Venceu!
O sonho se realizou!
A vida prossegue!
A Esperança alimenta!
Parabéns professores!
Que a arte de ensinar e de compartilhar conhecimentos, seja o maior presente para todos nós.
A Favela é Força e Potência
Veja lá:
Com amor,
Elizabeth Campos
Coordenadora do Espaço Casa Viva/Redeccap
NOSSAS VÍDEOS AULAS DO PROJETO ESTÃO DISPONÍVEIS EM NOSSO CANAL DO YOU TUBE!
No campo onde constituímos nossa forma de ver o mundo existe uma dimensão simbólica. É nesse espaço em que a violência simbólica é estabelecida.
Mas o que é essa violência simbólica? E o que tem a ver com a pandemia da Covid 19?
Já lidamos com tantas violências no nosso dia a dia e agora mais essa. Já não basta essa pandemia que me fez perder o emprego, diminuiu a minha renda, preciso de cestas básicas para complementar a alimentação da minha família. Perdi um amigo ou um familiar para esta doença. Você pode está se perguntando.
Segundo Bourdieu, sociólogo francês, os seres humanos possuem quatro tipos de capitais, são eles:
1) o capital econômico, a renda financeira;
2) o capital social, suas redes de amizade e convívio;
3) o cultural, aquele que é constituído pela educação, diplomas e envolvimento com a arte;
4) capital simbólico, que está ligado à honra, o prestígio e o reconhecimento.
É através desse último capital que determinadas diferenças de poder são definidas socialmente. Por meio do capital simbólico, é que instituições e indivíduos podem tentar persuadir outros com suas ideias.
O conceito foi definido por Bourdieu como uma violência que é cometida com a cumplicidade entre quem sofre e quem a pratica, sem que, frequentemente, os envolvidos tenham consciência do que estão sofrendo ou exercendo.
Sabe por que?
Porque o mal já está tão naturalizado que não incomoda. Pensa-se ser da vida: “a vida é assim mesmo”, “o que pode ser feito”, “nasci para passar por isto”
Este pensamento ou esta prática segrega, restringe, nega o reconhecimento, a valorização do ser humano e sobre tudo nega os direitos.
Nos faz lembrar o conceito da Necropolítica (Achille Mbembe), que é o uso do poder social e político para ditar como algumas pessoas devem viver e como algumas pessoas devem morrer.
A violência simbólica é nefasta, pois determina pelo seu tom de pele, seu endereço, suas condições de vida se você é capaz ou não e se é sujeito de direitos ou não.
Você já ouviu falar sobre a “banalização do mal”? É simplesmente o mal como causa do mal. É a naturalização e a internalização da maldade.
Num país, construído em cima das violências, a herança cultural das desigualdades sociais e impunidades sedimentaram e naturalizaram a violência, legitimando a escravidão, tendo o outro como posse e arraigando o imaginário social e coletivo que toda a banalização da vida é possível.
E nestes dias de pandemia, onde o adoecimento físico e mental se faz presente nos lares e nas vidas das pessoas; assim como o desemprego, a dificuldade de alimentos, à serviços e uma qualidade de bem estar; ficou mais evidente e para alguns: desesperador.
E nestes dia de flexibilização, onde parece que está tudo normal… Não está normal!
São outros desafios e novos tempos.
A reinvenção é necessária e por isto a nossa atenção deve voltar para não cometermos os mesmos erros. Somos sobreviventes deste novo tempo!
A Valorização do ser humano, a garantia e a promoção dos direitos em busca de uma vida de dignidade, de bem viver, de qualidade de vida, do desenvolvimento do indivíduo e do coletivo, do acesso aos direitos com serviços eficientes e eficazes e a prática de uma cidadania ativa; deve ser o início da mitigação destas injustiças em favor dos determinantes sociais para uma cidadania plena.
Vamos fazer o exercício proposto por José Saramago e “… sair da ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.”
Por Elizabeth Campos
NOSSAS VÍDEOS AULAS DO PROJETO ESTÃO DISPONÍVEIS EM NOSSO CANAL DO YOU TUBE!
Hoje aqui no blog teremos o relato da Professora de Música Cristine Ariel, seu planejamento de aulas e suas reinvenções.
Durante as férias de dezembro/janeiro, uma ideia veio à cabeça: por que não utilizar os espaços da escola, paredes, teto, chão e portas, para reforçar o aprendizado musical dos alunos? “Se as notas ‘sobem e descem’, que tal a gente marcar os degraus das escadas com as notas musicais?”
Pronto! Desafio lançado.
Planejamento das Aulas
Dedicamos algumas semanas das férias para planejar, pensar qual seria o melhor material, medir a profundidade, altura e largura dos degraus, comprar o material, cortar, medir para ver se ficaria legal, retocar o corte. {Usei a palavra “dedicamos” porque nessa empreitada, envolvi pai, mãe, namorado, prima, primo}.
E deu certo! As letras estavam prontas para ser coladas.
Tivemos a primeira reunião de planejamento do ano com a equipe e professores para decidir o retorno das aulas, e o importante nessa história: quando seria a mega faxina para lavar bem as escadas para colarmos as notas nos degraus.
Mas, a única água que vimos nessa história foi o banho de água fria que a Covid-19 deu nas nossas vidas.
O que faremos agora? Como podemos ajudar? Como chegar na casa das alunas e alunos? E as letras?
Então, replanejamos!
Bem… as letras estão guardadas em cima do armário, na esperança da vida pós-covid passar. Sendo momentaneamente substituídas por telas de computador, celular, quadros digitais, vídeos, fotos, ligações, lives.
Por ora, assim que retornarmos às aulas, os espaços da escola, paredes, teto, chão e portas, precisarão ser marcados para reforçar que o distanciamento social e a higiene pessoal são necessários. As notas podem esperar até que o novo normal se estabeleça e possamos nos reinventar com segurança.
Com saudade de todas e todos. E com lembranças do Marcão.
O projeto Casa Viva CoN Vida surge a partir da pertinente necessidade que a Pandemia da Covid 19 nos trouxe.
A necessidade de se: Reinventar!
A brincadeira com a palavra CoN Vida é proposital, pois além de chamar atenção para a Pandemia da Covid 19 ela é um Convite aos novos tempos.
Tempo este de cuidado e auto cuidado.Tempo este de atenção á saúde física e mental,Tempo de isolamento, e de distanciamento físico e social!
Mas, também…
Tempo de saber o quanto aquele familiar e amigos fazem falta. Tempo de contemplar a beleza, a estética…
Respeitando as diversidades, aceitando as diferenças. E percebendo que juntos somos mais.
Tempo do simples, Tempo de arrumar e desarrumar para desintoxicar!
Desintoxicar?
Sim!
Desintoxicar o mal querer, as amarguras, o sentimento de competição, ódio e divisões.
Dividir? Pra quê?
Ignorar, por quê?
Se estamos todos na mesma tempestade, porém em diferentes embarcações. Sim, em diferente embarcações como a grande maioria da população brasileira; onde a desigualdade social insiste em gerar vantagens e desvantagens; Conforme seu tom de pele, seu endereço e seu CEP, sua origem e posição social.
O projeto Casa Viva CoN Vida, te chama a um mundo de possibilidades com a música e com a arte que liberta!
Que empodera!
Que nos coloca como seres humanos na condição de aprendiz. Aprendiz do amor, Aprendiz do cuidado e do auto cuidado… Aprendiz da atenção da saúde física e mental. Aprendiz do ajuntamento no afeto, no amor e no carinho, Aprendiz do descomplicado…
Para o bem viver!
Venha aprender com o Casa Viva CoN Vida: Em família, consigo mesmo, com os amigos que queira, Pois a vida passa numa janela virtual e não perca a oportunidade de reaprender a Ser Você.
COM VIDA!
Por Elizabeth Campos
Nossas vídeos aulas do Projeto estão disponíveis em nosso canal do You tube!
Em dias de pandemia da Covid 19, o distanciamento e o isolamento social são determinantes para o não adoecimento.Assim mesmo, somos convidados diariamente à entrar e ou participar de várias salas virtuais.
Salas coloridas, salas embranquecidas,
Salas floridas,
Salas com belos quadros ou apenas…
Salas com belas estantes repletas de livros.
Com novos hábitos incorporados ao cotidiano, a conectividade virtual ganhou novas funções promovendo encontros, reuniões e uma comunicação desafiadora em aprender a ouvir, esperar a sua vez de fala e de escuta.
Salas com diversas janelas que interagem e trocam saberes, conhecimentos, afetos e sonhos.
JANELAS DA CONECTIVIDADE
Sim! As Janelas da Conectividade, que na vida real e cotidiana da favela ainda se mantêm fechadas e ou cobertas com lonas e plásticos; abafando o ambiente e escondendo os diversos dramas das diversas formas das violências de exclusão e desigualdades sociais.
Com um plástico amarelo na janela e um quarto difícil de circular, o encontrei sentado a beira da cama desiludido com tanto abandono.
Quando chamamos pelo seu nome, ele não acostumado a receber visitas, ficou surpreso ao nos ver a porta de sua casa.
Com dificuldade ele se levantou e disse: Vocês são aqueles jovens da Escola de Música? E logo esboçou um sorriso discreto, seguido de um soluço em uma voz embargada e agradecida por receber uma cesta de alimento, carinho e afeto.
Sim! Foi “esta a reação de alguém que em meio á tantas conectividades ainda se encontra no isolamento de sempre” – este fato nos foi relatado por jovens em momento de entrega das cestas básicas nas ruas da favela.
As Janelas da Conectividade não se fecha para os jovens! Sempre ansiosos ás novas descobertas, vasculham a internet de um modo voraz em busca de novos conhecimentos, novos relacionamentos e aventuras.
Sim aventuras! Mas o que dizer de um jovenzinho que em plena epidemia adoece de modo a paralisar a sua vida. Onde a janela é o aparelho de celular que o leva as diversas memórias de uma vida que ele precisará se reabilitar.
“Mas e a pandemia? Não tenho onde me tratar neste momento. O que será de mim? Sim! O que será?”
É o que indaga o menino à sua mãe, que muito aflita vem nos contar a triste sorte do menino e que com lágrima nos olhos recebe a sua cesta de alimentos e volta pra sua casa revigorada e esperançosa por dias melhores.
Que possamos aprende nesta pandemia, que as Janelas da Conectividade, estão para além das salas virtuais.
As Janelas estão para os olhares de cuidado, troca e Esperança!
Desde que foi decretado o distanciamento e isolamento social devido a Pandemia do Covid 19, o projeto Casa Viva tem colaborado com seus beneficiários , estudantes e suas famílias; assim como tem contribuído com os moradores da favela de Manguinhos.
Foram distribuídas 1.170 cestas básicas no período de 25 de março a 30 de junho de 2020. Deste universo de atendidos, conseguimos acompanhar assiduamente, 250 famílias durante os 3 meses, atendendo mensalmente com cesta básica e encaminhando para o serviço de saúde.
O diagnóstico desta ação solidária, nos permitiu observar diversas situações de vulnerabilidades.
Alto número de desemprego
A maioria trabalhadores informal, trabalham nas calçadas de sua casa ou abrindo a janela para vender os seus produtos. Porém sem possibilidade de repor a mercadoria e com isto, ficavam sem renda.
O auxílio emergencial demorou para ser liberado pelo governo
A maioria das casas são chefiadas por mulheres
Os idosos estão invisibilizados dentro de casa, estando distantes dos benefícios,
A grande população da favela está desamparado e adoecendo.
A participação da sociedade civil (empresas e voluntários) é o grande alento para os moradores de favela. Que para além do enfrentamento a pandemia, lida com os diversos enfrentamentos das violências e violações de direitos. O enfrentamento ao racismo, discriminação, falta de acesso aos direitos fundamentais como saneamento básico, educação, moradia, arte e cultura, educação e sobre tudo a saúde.
Projeto Casa Viva CoN Vida
Além disso, o Casa Viva através do Projeto Casa Viva CoN Vida nos convida à vencermos está caminhada de enfrentamento a Pandemia do Covid 19, com trocas de conhecimentos, criatividade e afeto.
Deste modo serão disponibilizadas pelo You tube Vídeo aulas!
Uma vez por semana, será postado novo vídeo para falar um pouco sobre música. No programa de estreia, o professor Bruno Corrêa aborda as características, a origem e o contexto social em que surge o reggae, gênero musical jamaicano, nascido na década de 1970. Além da exposição de Bruno, há também links para aprofundar a pesquisa sobre o tema e para músicas que reúnem, entre outros, Bob Marley e Gilberto Gil.
Salve o Reggae
Casa Viva ConVida – História Social do Reggae
Na próxima edição, a professora Cristine Ariel explicará como o violão e a guitarra se inseriram no reggae.
A pandemia mundial causada pelo COVID-19 afeta á todos.
Em Manguinhos a proliferação do vírus tem causado preocupação pela precariedade nas moradias, a falta de saneamento básico, o desemprego e a alta aglomeração de pessoas.
A nossa atenção está para com os moradores mais vulneráveis que padecem com as medidas restritivas nos quais o direito de ir e vir fica restrito e de difícil sobrevivência com o isolamento social.
Os impactos são grandes e para amenizar as dificuldades temos nos mobilizado para mitigar estes danos aos nossos estudantes e familiares e em nossa comunidade; com distribuição de cestas básicas doadas por parceiros e amigos do Casa Viva.