Relatos
Em dias de pandemia da Covid 19, o distanciamento e o isolamento social são determinantes para o não adoecimento.Assim mesmo, somos convidados diariamente à entrar e ou participar de várias salas virtuais.
Salas coloridas, salas embranquecidas,
Salas floridas,
Salas com belos quadros ou apenas…
Salas com belas estantes repletas de livros.
Com novos hábitos incorporados ao cotidiano, a conectividade virtual ganhou novas funções promovendo encontros, reuniões e uma comunicação desafiadora em aprender a ouvir, esperar a sua vez de fala e de escuta.
Salas com diversas janelas que interagem e trocam saberes, conhecimentos, afetos e sonhos.
JANELAS DA CONECTIVIDADE
Sim! As Janelas da Conectividade, que na vida real e cotidiana da favela ainda se mantêm fechadas e ou cobertas com lonas e plásticos; abafando o ambiente e escondendo os diversos dramas das diversas formas das violências de exclusão e desigualdades sociais.
Com um plástico amarelo na janela e um quarto difícil de circular, o encontrei sentado a beira da cama desiludido com tanto abandono.
Quando chamamos pelo seu nome, ele não acostumado a receber visitas, ficou surpreso ao nos ver a porta de sua casa.
Com dificuldade ele se levantou e disse: Vocês são aqueles jovens da Escola de Música? E logo esboçou um sorriso discreto, seguido de um soluço em uma voz embargada e agradecida por receber uma cesta de alimento, carinho e afeto.
Sim! Foi “esta a reação de alguém que em meio á tantas conectividades ainda se encontra no isolamento de sempre” – este fato nos foi relatado por jovens em momento de entrega das cestas básicas nas ruas da favela.
As Janelas da Conectividade não se fecha para os jovens! Sempre ansiosos ás novas descobertas, vasculham a internet de um modo voraz em busca de novos conhecimentos, novos relacionamentos e aventuras.
Sim aventuras! Mas o que dizer de um jovenzinho que em plena epidemia adoece de modo a paralisar a sua vida. Onde a janela é o aparelho de celular que o leva as diversas memórias de uma vida que ele precisará se reabilitar.
“Mas e a pandemia? Não tenho onde me tratar neste momento. O que será de mim? Sim! O que será?”
É o que indaga o menino à sua mãe, que muito aflita vem nos contar a triste sorte do menino e que com lágrima nos olhos recebe a sua cesta de alimentos e volta pra sua casa revigorada e esperançosa por dias melhores.
Que possamos aprende nesta pandemia, que as Janelas da Conectividade, estão para além das salas virtuais.
As Janelas estão para os olhares de cuidado, troca e Esperança!
Por Elizabeth Campos
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