Arte, Música e Literatura em comemoração ao dia das Crianças

Nossas reinvenções não cessam! E desta vez tivemos o experimento com a comemoração do dia das crianças.

Esse evento pra nós sempre foi esperado e marcado por muitas atividades simultâneas acontecendo em todo Espaço Casa Viva e seus arredores, sempre recheados de muita arte, brincadeiras, música…

Esse ano em particular tivemos que restringir ao público menor, devido ao momento atual que vivemos.

Mas, respeitando os protocolos de saúde, reunimos em horários alternados e comemoramos presencialmente junto aos nossas crianças o mais que merecido dia todo para elas.

Agradecemos aos nossos parceiros e colaboradores por fazer possível celebrações como estas. Aproveitamos também para homenagear e parabenizar aos nossos professores e educadores sociais neste por fazer diferença na vida de cada pequenino, que vislumbra em tempos difíceis a oportunidade de se reinventar.

A Escola de Música de Manguinhos – Espaço Casa Viva/Redeccap na: Condecoração da Presidente da Fiocruz, a Dr. Nísia Trindade

A Escola de Música de Manguinhos – Espaço Casa Viva/Redeccap na:

Condecoração da Nísia Trindade  com grau de Cavaleria da Ordem Nacional da Legião de Honra da França

No dia 1 de setembro de 2021, A Escola de Música de Música de Manguinhos – Espaço Casa Viva Redeccap e sua coordenadora, participaram deste momento de honraria: a Condecoração da Presidente da Fiocruz, a Dr. Nísia Trindade,  com grau de Cavaleria da Ordem Nacional da Legião de Honra da França.

Acesse para assistir:

A Escola de Música de Manguinhos é fruto do apoio da Fiocruz/Cooperação Social.  

Há quatorze anos a EMM promove ações dialógicas, promotoras de saúde e de prática de educação cidadã – autônoma  – criativa e crítica.

Com uma metodologia original  para educação musical que incentiva relações intergeracional, inclusiva e comprometida com propostas intersecionais a partir da educação e cultura popular e arte musical em  territórios vulnerabilizados. ,

Este fazer criativo permite um novo olhar diante da tão difícil realidade, trazendo um novo campo de possibilidades e oportunidades para os envolvidos.

A EMM apresenta a música: Lá e Cá de Leci Brandão; música esta, em que a compositora traça um paralelo entre a vivência de negros Sul Africanos que estavam sob o regime do Apartheid (1948 – 1994) na época da composição – 1987- e negros brasileiros  que ainda são afetados pela  a desigualdade social e o Racismo

Com vocês:

Lá e Ca de Leci Brandão,  interpretado pelos alunos da Escola de Música de Manguinhos.

Para assistir na íntegra a Apresentação Trimestral acesse nosso Canal no YouTube

Por Elizabeth Campos

NOSSA LUZ, NOSSA LUZA, NOSSA REINVENÇÃO

Que responsabilidade nestes dias pandêmicos celebrar e referendar a vida.

Que importante!

Sim. Celebrar e  referendar, nestes dias de tantas incertezas, tristezas, adoecimentos e morte; é além de reinvenção um grande desafio à Resistência.

Trazer vida, sorrisos e força para vencer os obstáculos que se apresentam a todo tempo e em especial para moradores das favelas e periferias.

Nossa Luz, nos ilumina e encaminha para a busca de soluções aos problemas de modo inovador e comprometido com as vidas e as histórias.

Nossa Luza é a personificação da mulher guerreira, batalhadora e inspiradora. Com grandes braços que afaga à todos os que chegam e que ao receber acolhida retribui com um belo sorriso no olhar.

Nossa Luza representa  as mulheres da  favela, chefes dos seus lares, responsáveis pela educação de seus filhos e netos, mantenedora das necessidades básicas de qualquer família.

Nossa Luza representa aquela que sorrí, quando se quer chorar;

Que se angustia , mas se revigora quando  está perto dos seus…

Nossa Luza toca pandeiro, canta, brinca, dança; para não se deixar levar pelas tristezas que a vida traz.

Nossa Luza chega no projeto Casa Viva trazendo  seus netos para fazerem os cursos. Primeiro ela trouxe a sua neta mais velha, depois o neto menino, depois as netas gêmeas vinham acompanhando e foram ficando e agora o neto mais novo… Ela é assim mesmo, vai chegando e se alojando…

Mas, o Casa Viva é este lugar mesmo!

Lugar de chegada,

Lugar da gargalhada,

Lugar da alegria,

Lugar da acolhida!

Mas a nossa Luza não se contentou e veio fazer as aulas no projeto.

E a arte veio fazer parte dessa família que voltou a sorrir, projetar e viver.

Nos dias de tantas tensões, pandemia da Covid 19, desempregos, adoecimentos e angústias…

Contar com este lugar onde a Arte, a Educação e a Cultura são ferramentas de desenvolvimento, traz um alento ao coração e a alma.

A segurança alimentar também faz parte das ações do Casa Viva que em parceria com outras instituições amigas, procura propiciar condições de alimentos para os seus alunos inscritos.

Nestes dias de pandemia, os netos estão  em sua casa. Os mais novos fazem as atividades on line que o projeto oferece, e segundo ela diz: “É o melhor momento do dia!” “rsrs” e deu uma bela gargalhada.

De fato, o Casa Viva é o lugar de escolha,

O lugar de refúgio,

O lugar das possibilidades!

E essa é a Nossa Reinvenção!

Aulas on line, reuniões on line, um envolvimento maior com os alunos e familiares, uma troca de saberes, sorrisos e bem querer.

Uma prática de superação e auto conhecimento, para perceber e reconhecer as nossas potencialidades.

Uma reafirmação do compromisso com a favela e  as histórias das vidas que depositam em nós a máxima confiança.

Nossa reinvenção:  Somos nós!

Ousados,

Cientes,

E apaixonados em viver!

Por Elizabeth Campos

A PANDEMIA DA COVID 19 E AS JANELAS DA CONECTIVIDADE

Relatos

Em dias de pandemia da Covid 19,  o distanciamento e o isolamento social são determinantes para o não adoecimento.Assim mesmo, somos convidados diariamente à entrar e ou participar de várias salas virtuais.

Salas coloridas, salas embranquecidas,

Salas floridas,

Salas com belos quadros ou apenas…

Salas com  belas estantes repletas de livros.

Com novos hábitos incorporados ao cotidiano, a conectividade virtual ganhou novas funções promovendo encontros, reuniões e uma comunicação desafiadora em aprender a ouvir, esperar a sua vez de fala e de escuta.

Salas com diversas janelas que interagem e trocam saberes, conhecimentos, afetos e sonhos.

JANELAS DA CONECTIVIDADE

Sim! As Janelas da Conectividade, que na vida real e cotidiana da favela ainda se mantêm fechadas e ou cobertas com lonas e plásticos; abafando o ambiente e escondendo os diversos dramas das diversas formas das violências de exclusão e desigualdades sociais.

Com um plástico amarelo na janela e um quarto  difícil de circular, o encontrei sentado a beira da cama desiludido com tanto abandono.

Quando chamamos pelo seu nome, ele não acostumado a receber visitas, ficou surpreso ao nos ver a porta de sua casa.

Com dificuldade ele se levantou e disse: Vocês são aqueles jovens da Escola de Música? E logo esboçou um sorriso discreto, seguido de um soluço em uma voz embargada e agradecida por receber uma cesta de alimento, carinho e afeto.

Sim! Foi “esta a reação de alguém que em meio á tantas conectividades ainda se encontra no isolamento de sempre” – este fato nos foi relatado por jovens em momento de entrega das cestas básicas nas ruas da favela.

As Janelas da Conectividade não se fecha para os jovens! Sempre ansiosos ás novas descobertas, vasculham a internet de um modo voraz em busca de novos conhecimentos, novos relacionamentos e aventuras.

Sim aventuras! Mas o que dizer  de um jovenzinho que em plena epidemia adoece de modo a paralisar a sua vida. Onde a janela é o aparelho de celular que o leva as diversas memórias de uma vida que ele precisará se reabilitar.

“Mas e a pandemia? Não tenho onde me tratar neste momento. O que será de mim? Sim! O que será?”

É o que indaga o menino à sua mãe, que muito aflita vem nos contar a triste sorte do menino e que com lágrima nos olhos recebe a sua cesta de alimentos e volta pra sua casa revigorada e esperançosa por dias melhores.

Que possamos aprende nesta pandemia, que as Janelas da Conectividade, estão para além das salas virtuais.

As Janelas estão para os olhares de cuidado, troca e Esperança!

Por Elizabeth Campos

Conheça:

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O Invisível dos Invisíveis!

Seu Ubirajara, a solidariedade e a roupa da elegância no enfrentamento à pandemia do Covid 19.

Seu Ubirajara estava na rua do Casa Viva, quando ele viu algumas pessoas com cestas básicas. Seu Ubirajara foi em casa, colocou a sua melhor roupa e foi pedir a sua cesta básica.

Ele diz assim: Vim buscar a minha cesta!

Parecia uma criança que se arruma para ir em uma festa e pegar sua sacola de docinhos.

Eu respondi: O senhor é avô de algum aluno do projeto? Pois as cestas são distribuídas para os inscritos nesta lista.

Ele responde: Não! Mas por favor, olhe para este velho que está muito necessitado.

Assim como Seu Ubirajara, muitos outros estão dentro de casa, sem alimentos, sem quem cuide, sem quem os apoie.

O Invisível dos Invisíveis!

A invisibilidade não são poderes dos super heróis, a invisibilidade é o lugar que uma sociedade capitalista e racista, coloca os seus. Com a pandemia do Covid 19, acentuou-se as desigualdades sociais do nosso país, empurrando cada vez mais seus cidadãos para as margens dos direitos e privilégios.

Nesta sociedade a  invisibilidade é determinada pelo seu endereço, seu CEP e sua origem e cor da pele. Seguindo os paradigmas dado a estas condições que associadas ao nível de escolaridade, idade, condição física e mental os colocam em um lugar do esquecimento e coisificação.

Um plano concebido desde a colonização e acirrado nestes dias de pandemia: o desprezo, o distanciamento, o desemprego, a fome, o adoecimento estão presente no cotidiano de muitos brasileiros

O invisível dos invisíveis, está nas ruas em busca de um mínimo de dignidade para a sua vida.

A solidariedade dos guetos e favelas é que promove ainda a Esperança nos corações.

No final da distribuição, chamamos o  Seu Ubirajara que foi feliz da vida com o alimento para a sua casa.

Os moradores de favela são invisíveis ao sistema! Mas, dentro da favela são visíveis tem nome e endereço!

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Casa Viva Con Vida!

Desde que foi decretado o distanciamento e isolamento social devido a Pandemia do Covid 19, o projeto Casa Viva tem colaborado com seus beneficiários , estudantes e suas famílias; assim como tem contribuído com os moradores da favela de Manguinhos.

Foram distribuídas 1.170 cestas básicas no período de 25 de março a 30 de junho de 2020. Deste universo de atendidos, conseguimos acompanhar assiduamente, 250 famílias durante os 3 meses, atendendo mensalmente com cesta básica e encaminhando para o serviço de saúde.

O diagnóstico desta ação solidária, nos permitiu observar diversas situações de vulnerabilidades.

  • Alto número de desemprego
  • A maioria trabalhadores informal, trabalham nas calçadas de sua casa ou abrindo a janela para vender os seus produtos. Porém sem possibilidade de repor a mercadoria e com isto, ficavam sem renda.
  • O auxílio emergencial demorou para ser liberado pelo governo
  • A maioria das casas são chefiadas por mulheres
  • Os idosos estão invisibilizados dentro de casa, estando distantes dos benefícios,
  • A grande população da favela está desamparado e adoecendo.

A participação da sociedade civil (empresas e voluntários) é o grande alento para os moradores de favela. Que para além do enfrentamento a pandemia, lida com os diversos enfrentamentos das violências e violações de direitos. O enfrentamento ao racismo, discriminação, falta de acesso aos direitos fundamentais como saneamento básico, educação, moradia, arte e cultura, educação e sobre tudo a saúde.

Projeto Casa Viva CoN Vida

Além disso, o Casa Viva através do Projeto Casa Viva CoN Vida nos convida à vencermos está caminhada de enfrentamento a Pandemia do Covid 19, com trocas de conhecimentos, criatividade e afeto.

Deste modo serão disponibilizadas pelo You tube Vídeo aulas!

Uma vez por semana, será postado novo vídeo para falar um pouco sobre música. No programa de estreia, o professor Bruno Corrêa aborda as características, a origem e o contexto social em que surge o reggae, gênero musical jamaicano, nascido na década de 1970. Além da exposição de Bruno, há também links para aprofundar a pesquisa sobre o tema e para músicas que reúnem, entre outros, Bob Marley e Gilberto Gil.

Salve o Reggae

Casa Viva ConVida – História Social do Reggae

Na próxima edição, a professora Cristine Ariel explicará como o violão e a guitarra se inseriram no reggae.

Fiquem ligados!

Espaço Casa Viva receberá medalha Jorge Carelli

Fio Cruz presenteia o Espaço Casa Viva com a medalha Jorge Carelli

Assessoria ASFOC da Fundação Oswaldo Cruz  presenteou esta semana, em 27 de Julho de 2009 o Espaço Casa Viva Rede CCAP com a nomeação para o recebimento da medalha Jorge Carelli de Direitos Humanos.

O evento acontecerá no dia 21 de Agosto de 2009 às 16h na Tenda da Ciência em Cena (Campus Fio Cruz)

Em 1993 a Comunidade de Manguinhos, representada também pelos trabalhadores da FioCruz, pôde constatar o grau de violência e insegurança a que estamos submetidos – por meio do “inexplicável” desaparecimento do servidor da Fio Cruz Jorge Carelli, após ser abordado no bairro em que residia por policiais da Divisão Anti-Sequestro do Rio de Janeiro. A partir de então, esta comunidade, indignada, engajou-se no objetivo de não deixar que este se tornasse mais um caso, dentre tantos outros, sem solução.

Com este intuito, o Sindicato dos Servidores da FioCruz, criou no ano de 2001, a Medalha Jorge Carelli de Direitos Humanos, a qual é oferecida a todos que se dedicam a promover a garantia do reconhecimento da dignidade de todo o cidadão, mantendo viva a lembrança de nosso companheiro desaparecido.

A Carta – convite foi enviado por Paulo César de Castro Ribeiro

Presidente da ASFOC – Sindicato dos Servidores da Fundação Oswaldo Cruz